O paradoxo de Simpson (ver Wikipedia: Simpson’s paradox) é um exemplo de como a leitura de tabelas pode ser enganosa.
Exemplo: Considera-se dois tratamentos para pedra de rim, A e B. A tarefa é decidir qual deles é o melhor tratamento. São testados os dois tratamentos em 400 pacientes, para cada um dos tratamentos. Considera-se a eficácia dos tratamentos para eliminar pedras pequenas, médias e grandes. A tabela abaixo, criada por mim, embora imaginária (estatística bayesiana), serve para apresentar o paradoxo.
tipo de pedra | tratamento A (porcentagem de sucessos) | tratamento B (porcentagem de sucessos) |
pequena | 85% (255 de 300) | 90% (9 de 10) |
média | 70% (56 de 80) | 80% (72 de 90) |
grande | 5% (1 de 20) | 69% (207 de 300) |
total | 78% (312 de 400) | 72% (288 de 400) |
Interpretação: Segundo a última linha, o tratamento A parece melhor, pois tem 78% de sucessos contra 72% de sucessos do tratamento B. Porém B é melhor tratamento do que A para todos os tipos de pedras (90% contra 85% para pedras pequenas, 80% contra 70% para pedras médias, 69% contra 5% para pedras grandes). Observe-se ainda que para pedras grandes, que são os casos mais críticos, o tratamento B é muito melhor do que o tratamento A.
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